Prezados Associados da NOVAAPC
No último evento realizado no final do ano passado, a NovAAPC apresentou uma lista de fundos previdenciários que naquele momento
atravessavam por enormes dificuldades, carregando déficits em seus planos de benefícios, assuntos que foram amplamente divulgados
pela mídia especializada. Na época citamos a Previ, a Funcef, a Petros e a Postalis, como fundos que estavam tentando equacionar problemas de déficits, sendo que a Funcef já havia implementado medida corretiva que consistiu em repassar aos participantes,
assistidos e pensionistas a responsabilidade para reconstruir o patrimônio previdenciário consumido por interferência política e má
gestão dos planos. Funcionários e aposentados da CEF foram obrigados a arcar com despesas adicionais que representavam cerca de
23% de seus salários e benefícios. Os outros fundos também estão seguindo pelo mesmo caminho, principalmente pela inversão de
recursos financeiros em projetos de baixo rendimento, com rendimentos negativos ou mesmo com a possibilidade de jamais se obter
retorno do capital aplicado.
Nesta semana foi a vez do Postalis, o fundo previdenciário dos Correios que pelas mesmas razões se encontra em situação preocupante.
A medida foi ainda mais dura, pois a Previc – agência do governo que controla os fundos previdenciários – determinou a intervenção no
fundo de pensão por um prazo de 180 dias, com o afastamento da diretoria da instituição. Eis o reprint da notícia publicada pelo site G1
no dia 4 de outubro de 2017:
“O governo fez 10 intervenções em fundos de pensão brasileiros desde 2011, de acordo com informações da Previc. A última delas foi no Postalis, o fundo de pensão dos Correios, que teve sua diretoria afastada nesta quarta-feira (4) e sofrerá intervenção por 180 dias. Alguns fundos foram autuados mais de uma vez, como o Serpros, que representa os funcionários da Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). O Postalis é o maior que já sofreu intervenção no período, tanto em patrimônio quanto em número de participantes ativos. Ele é o
4º maior fundo de pensão do país em número de participantes ativos e beneficiários, segundo a associação do setor. A intervenção ocorre após prejuízos e denúncias de fraudes em investimentos em desacordo com a política interna do Postalis. Já sofreram intervenção os
fundos Portus, patrocinado pela antiga Portobrás, Silus, da estatal gaúcha Cesa, em 2011. Neste ano, a Previc decretou intervenção da fundação CEEE, o maior fundo de pensão do Rio Grande do Sul, que reúne funcionários de empresas de energia elétrica. O quadro abaixo apresenta as 10 intervenções feitas pela Previc em fundos de pensão:
Data da Intervenção Fundo Investimento em R$ mil Ativos Dependentes Assistidos
ago/11 Portus 346.725 8.368 214 8.502
out/11 Silius 41.914 25 295 326
out/11 Capaf 597.594 2.257 3.517 2.047
nov/11 Uranus(Sem informações) – – – –
mar/13 Geap (atual Viva) 2.607.995 60.103 145.553 –
ago/13 Geapprevidencia (atual Viva) 2.607.995 60.103 145.553 –
mai/15 Serpros 5.492.246 10.914 25.868 3.782
set/16 Serpros 5.492.246 10.914 25.868 3.782
ago/17 Eletroceee 5.867.693 6.449 13.486 9.094
out/17 Postalis 10.234.276 106.518 186.801 29.440
Estes fundos somam investimento de R$ 25 bilhões, 195 mil participantes ativos, 375 mil dependentes e 53 mil assistidos. É importante atentar para o tamanho do problema!
Por esta razão a NOVAAPC continua com sua missão de observação e vigilância de nossa Fundação. Conheça mais sobre a NOVAAPC acessando: www.novaapc.com.br.
Diretoria da NovAAPC